sexta-feira, 19 de junho de 2009

CONSEQUÊNCIAS

CONSEQÜÊNCIAS INDIVIDUAIS E ORGANIZACIONAIS
O estágio atual de conhecimento sobre as possíveis conseqüências de burnout indica que estas merecem registro importante por seu número, seriedade potencial, domínios afetados (Cádiz, San Juarn, Riviero, Herce & Achucarro, 1997) e em muitas vezes pela irreversibilidade de suas conseqüências (Heus & Diekstra,1999).
As conseqüências do burnout em professores não se manifestam somente no campo pessoal-profissional, mas também trazem repercussões sobre a organização escolar e na relação com os alunos. A adoção de atitudes negativas por parte dos professores na relação com os receptores de seus serviços deflagra um processo de deterioração da qualidade da relação e de seu papel profissional (Farber, 1991; Rudow,1999).
Professores com altos níveis de burnout pensam com freqüência em abandonar a profissão. Esta situação ocasiona sérios transtornos no âmbito da instituição escolar e também no sistema educacional mais amplo.
Professores de um modo geral (Wisniewski & Gargiulo, 1997) e professores jovens apresentam maior tendência em abandonar seu trabalho e sua profissão como conseqüência de burnout (Schwab & Iwanicki, 1982). Professores não esperam aposentar-se e retiram-se do trabalho antes da idade legal para isto
(Rudow,1999). A intenção de abandonar a organização e a “saída psicológica” ou despersonalização são tentativas de lidar com a exaustão emocional, de acordo com Lee e Ashforth (1996). Embora muitas pessoas possam deixar o
trabalho em conseqüência de burnout, outras podem ficar. Entretanto, a produtividade fica muito abaixo do real potencial, ocasionando problemas na qualidade do trabalho (Maslach, & Goldberg, 1998). Geralmente, altos níveis de burnout fazem com que os profissionais fiquem contando as horas para o dia de trabalho terminar, pensem freqüentemente nas próximas férias e se utilizem de inúmeros atestados médicos para aliviar o estresse e a tensão do trabalho (Wisniewski & Gargiulo, 1997).
Para Maslach e Leiter (1999), a parte do sistema educacional mais valiosa e com o mais alto custo provocados pela incidência do burnout são as pessoas
que ensinam, ou seja, os professores da instituição. O professor acometido pela síndrome tem dificuldade de envolver-se, falta-lhe carisma e emoção quando se relaciona com estudantes, o que afeta não só a aprendizagem e a motivação dos alunos, mas também o comportamento destes (Rudow,1999). Garcia (1990) identificaram que os professores com altos níveis de burnout eram acometidos de freqüentes resfriados, insônia, dores nas costas e na cabeça e hipertensão.

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